Quando vem o silêncio? Quando tu o ouves, o Silêncio irá abençoar-te. O Silêncio irá roubar o teu coração. O Silêncio que não pode ser ouvido irá encher os teus ouvidos. O Silêncio irá encher toda a tua corrente sanguínea. O Silêncio será o Lar para ti. O teu coração irá ser compelido por ele.
Compelido a quê? O teu coração será compelido a dar entrada para este Silêncio. Silêncio simplesmente toma conta, e tu conheces a Unidade. É transbordante. Leva o teu resíduo de pequenez e enche-te até à borda com Unidade. Tu não pensas em Unidade. Tu ÉS Unidade.

Este Silêncio é como uma flauta de onde todas as notas vêm. O Silêncio de que Nós falamos é música que te domina. Tudo o que pensaste que eras desaparece. Tu não ouves nada a não ser Eu. Tu não és nada a não ser Eu. Tu estás verdadeiramente fora deste mundo de certo e errado, bom ou mau. Tu estás fora deste mundo. Não existem questões. Existe Essência e tu és a Essência. Não existe nada além de ti – o tu que é Eu, isto é.

Tu estás na Fonte. Tu és a Fonte. Tu és o que tens procurado o tempo todo. Tu não mais procuras aquilo que está à tua disposição porque agora tu sabes onde Eu resido. A Fonte, o teu Verdadeiro Eu, sempre esteve à tua disposição. Não é que tu sejas um alquimista que pode transformar lata em ouro. A lata nunca foi. O ouro nunca foi embora.

Diamantes são diamantes quer tu estejas consciente que eles são diamantes ou não.

Do que Eu falo não é uma decisão consciente. Não podes tomar a decisão de ser Unidade. Amado, tu tu próprio e Eu somos a decisão. É por isto que tens estado à espera e angustiado por, Unidade que tem sempre estado mesmo na palma da tua mão.

Quando tu és Tudo, não existem questões. Não existem buscas. Tu habitas no Coração da Unidade onde Unidade Sozinha é. Tu não estás na Água. Tu ÉS a Fonte da Água.

Isto não tem nada a ver com ego. O ego não é capaz de entrar no Silêncio. O ego tem que ter buzinas e apitos. Silêncio é. Silêncio é Tudo e não exige Nada. Totalidade é Totalidade. Não pode ser desfeita em pedacinhos, ou não é Totalidade.

Silêncio não é propriamente um local de encontro, pois Nós sempre nos encontramos. Não há novidade aqui. Existe o que sempre existiu. Pelo que ansiaste é por ti Próprio.

Pode parecer que o teu Eu tem estado fora de ti o tempo todo. O teu Eu tem estado sempre contigo. É como se estivesses demasiado ocupado e o mundo demasiado barulhento. Tu não sabias como fazer uma pausa do mundo, nem tu querias romper com o mundo, pois o mundo providencia-te com um tipo de aventura. O Silêncio não se retira de ti. Tira sim a tua ignorância e restaura-te para a inocência.

Nem é sequer que tu te debruças sobre isto e descobre-lo. Quando o Sol brilha, tu sabes o que é a Luz Solar. Não há descobrir ou configurar. Não existem detalhes.

Não há elevação, pois tu estás elevado. Não existe nenhum lugar para ir nem tempo para fazê-lo.

É possível para ti te moveres no mundo e permanecer no Silêncio? Sim, é. Esta é a Realidade, porém o teu conhecimento ainda não absorveu muito bem isto.

Então acontece que estás frequentemente em desacordo contigo próprio. Tu nunca estás em desacordo Comigo, não importa o quão penses que estás. Se estás em desacordo, é contigo próprio que estás em desacordo.

Todas as discussões, independentemente de como elas possam aparecer no mundo, são contigo próprio. O inimigo que percebes lá fora é tu próprio. És livre para continuar a lutar, tal como tu és livre para aceitar a Magnificência do não-ego que é a Verdade de ti. Tudo isto, tu não reconheceste ou percebeste. Estamos a falar de Auto-Realização. É a coisa mais não egóica que já alguma vez pensaste.

O ego nunca foi real. A Unidade é.