Enquanto estás na Terra, tens que escavar para a Vida na Terra. A Vida tem muito ouro para ti, mesmo naqueles momentos que saltarias por cima se pudesses.
Tu estás aqui na Terra para o crescimento que a Vida na Terra te traz. Na Terra, tu aprendes a ver através do nevoeiro. Tu tens os sentidos para te ajudar. Tu tens tempo e espaço ficcional e tortuoso para te ajudar a ver. A tua equipa de anjos no Paraíso e além oh é tão maravilhosa e gratificante. No Paraíso és tão feliz e tão livre das perguntas e cuidados que a Vida na Terra parece manter em espera para ti.

Poderás perguntar porque possivelmente precisas de saber acerca de perigo e medo e dor e todos estes assuntos que te mantém a saltar na Terra. Porque precisas de aprender acerca de indecisão e fragilidade e da impermanência que aprendes acerca na Terra aparentemente vezes e vezes sem conta? Porque tens tu que passar através da vida angustiante e aprendizagem na Terra quando é uma brisa para ti no Paraíso? No Paraíso, tens Conhecimento Supremo percebido perfeitamente.

Tu poderás pensar que gostarias de saltar por cima de tudo isso. Tu não gostas de ouvir nenhuma das explicações pela tua presença na Terra e aprender acerca de sofrimento e a te libertares dele.

Enquanto que tu és um anjo no Paraíso, tu sabes todas as respostas certas e tu escolhe-as cordialmente. Enquanto estás no Paraíso, tu não te esqueces por um momento Quem Tu És. No Paraíso, não tens conclusões a que chegar. Tu não tens queixas. O Sol brilha o dia todo, por assim dizer, e tu és infalível. Tu estás, de facto, no Paraíso, e em seguida tu partes por ti só na Terra onde existem florestas e grandes cidades e onde existem aparentes acidentes e dor e tormenta de diversos tipos.

Estou a ler bem os teus pensamentos? Tu perguntas porque raio tens que experimentar a Terra quando, na Verdade, tu já és brilhante como a luz. Porque tens que passar por todas essas escaramuças na Terra e pela multitude de terrores e desgostos e assim por diante?

Vidas na Terra são os materiais a partir dos quais novelas e contos de ficção e poesia são escritos e não-ficção também, e óperas e musicais e tudo.

Tu perguntas porque não te poderia ser dado livros para ler em vez de papeis para interpretar. Não seria suficiente para ti leres bons livros e aprender a partir das suas histórias? Tu admites que o tempo pode não existir, tal como Eu descrevo a partir do pináculo no qual Eu me sento e tu, conscientemente, não mais te sentas. Tu de bom grado aceitarias apenas a minha palavra em relação a isso e não ter que passar pela encenação da vida. É como se começasses tudo de novo na vida para aprenderes tudo aquilo que já sabes tão bem. Na Terra, é como que te esqueces do melhor para que aprendas de novo o melhor.

Francamente, tu perguntas se não estás numa missão de tolos. É-te dado um enigma para resolver com grande descontentamento e tentativa e erro do qual tu já sabias tão bem sem sequer olhar para trás.

Tu compreendes porque é que os pássaros são atirados para fora dos ninhos, porém porque tens tu, Que és Alma, teve que ser vestido num corpo e jogado para a Terra? De algum modo, simplesmente não parece certo para ti. Na Terra, onde existem os sentidos físicos, as experiências na Terra são avassaladoras e, até onde podes ver, não são realmente necessárias de todo.

Claro, tu aprendes para que possas-te lembrar, porém tu pagas um preço alto por isso. Se ao menos a vida não fosse tão extrema. Porquê passar por sofrimento para aprender que não existe sofrimento e todo o impulso da tua Experiência na Terra é de ir além da ilusão de que estás presentemente inundado?

E, agora, como estás situado na Terra, tu até perguntas, contrariamente à Vida, se o teu fim na Terra pode ser acelerado e completado mais cedo para que possas voltar para o Paraíso com facilidade. De facto, porque não com facilidade?