Melhor do que pensar em todas as qualidades que as pessoas não são, dá crédito às pessoas tal como são.

Segundo as cláusulas do mundo, ninguém é perfeito. Ninguém pode preencher-te. Tens de te preencher a ti mesmo. Há ótimas pessoas nas quais podes confiar para um óptimo negócio mas, não é em qualquer um que podes verdadeiramente confiar para tudo. Quem te disse que era suposto encontrares pessoas que poderiam preencher-te em tudo? De onde veio essa ideia? 

Preenche-te a ti mesmo. Tu não és um bebé de ninguém para ser alimentado durante todo o dia.

Quando contas contigo mesmo e Comigo, claro, estás acertando em cheio. 

Do ponto de vista da Terra, não existe ninguém em quem não encontres defeitos. A verdadeira fraqueza de alguém, como a vês, pode bem ser o outro lado da sua verdadeira força. Em qualquer caso, não cabe a ti reformar os teus amigos e família, e colegas de trabalho e patrões, ou o homem na rua.

Definitivamente é hora de te definires sem demora, ou serás um espinho para ti mesmo. Vês a Verdade naquilo que Eu estou a dizer?

Não é para ti seres O crítico do mundo. Deixa as pessoas estarem em paz. Há muita culpa em encontrar com alguém que seja um perfeito crítico do mundo. Não ficarias tão desapontado com os outros, se não esperasses que eles sempre te agradassem. Recusa-te ser um mestre a encontrar defeitos.

Para alguns ou para muitos, parece uma tarefa inútil não ver defeitos. Não é como se tu continuasses a procurá-los –  ou é? Há pequenas coisas que, te poem os nervos à flor da pele.

Seja como for, tens de encontrar uma maneira de te tornares menos exigente.

É claro que, quando és perfeito, então podes lançar a primeira pedra. Claro, isto nunca acontecerá, queridos filhos, porque também é claro que, nos parâmetros da terra, nem mesmo tu és perfeito. Alguém não gosta da maneira como mastigas, ou como cortas o teu cabelo, e toda uma longa lista.

Os corpos atrapalham-te. Sem forma física, poderia ser bem mais fácil para ti ser mais amoroso. Sem corpos, o que haveria para te incomodar? Sem corpos, que imperfeição poderias ver? Sem corpos, o que te poderia aborrecer? Sem corpos, as tuas correções não fariam sentido porque, sem a existência de corpos, a que te oporias?

Que barulho te poderia aborrecer? Que aparência? Que comida? Que perfume? Sem corpos, o que poderia ser esbelto ou, para este assunto, o que poderia ser perfeito ao toque?

Sem corpos, viverias numa camada da mais profunda maravilha, ainda assim sentirias a falta de outras camadas de delícias que te seriam negadas. Encontra uma maneira de gozar as sensações que aprecias, e não fiques irritado com o que não aprecias.
    
Não permitas que as desvantagens das relações te amarrem em nós. Regressamos, de novo, a colher alegria onde a encontres e a deixar ir o aborrecimento onde o vislumbres. Mantem alta a tua visão, e o que não podes manter alto, bem, então, deixa-o ir. 

É complicado, com certeza. Certamente que ficarias livre de aborrecimentos se somente tu soubesses como.

Aqui está um outro aspecto que pode, pode certamente, ajudar-te. E isso é remover uma palavra do teu vocabulário. Remove uma palavra, ‘poderia’, ou as duas palavras, ‘não poderia’. Poderia e seus relativos: deves, ter de, ter que, eu deveria – quando te aproveitas deles – eles podem bem empurrar-te para um canto de fervor de busca de falhas. 

Se tens de ficar em silêncio, fiques em silêncio. E, se fores capaz disso, muda o teu estado de espírito.