Gastas o teu coração e alma, tempo mundano e energia em assuntos do mundo que parecem ser tão importantes. Sentes que tens que ser sucedido nesses assuntos ou falharás na vida. Realmente acreditas que não poderás viver com seja lá aquilo que o teu coração está assente. A ideia de que tu tens absolutamente de ter algo para poderes ser feliz é uma ilusão.

Tu impões esta ideia a ti próprio. Acomodaste-te a ideia de que precisas de ter algo especifico ou serás um nada, sem isso. Que por estares vivo na Terra não significa que possas ter tudo como gostarias. Podes aceitar menos e ficar bem na mesma.

É só porque já estás acostumado a essa charada. Habituaste-te a ficares em ansiedade. Acomodaste-te. Em ansiedade, sentes que estás vivo. Sem um anseio, sentes que poderás não estar em movimento.

Essa agitação e um tipo de comida de conforto, para ti, ou, podemos dizer, é como o teu cigarro de eleição. Fumares o teu cigarro pode até dar-te tosse. Tu não gostas da tosse mas, com certeza gostas de dar uma passa no cigarro. Não é nada fácil desistir de um hábito.

Na tua perspetiva, um cigarro acalma-te. Coloca-te com os pés na terra. Aguentas com o cigarro para o bem de te acalmares. A acalmia impede a calamidade. Amado, terás tu que passar pela tormenta? Será o extremo a única opção que possas escolher? Posso-te perguntar: é a ansiedade a única opção da tua Alma? Não será o extremo uma escolha de segunda categoria, na melhor das hipóteses? Porquê caminhar em círculo, sempre?

Reúne felicidade em teu redor. Não precisas de cigarros. Claro, falo de um ponto de viragem. Certamente, a bonança tem os seus prazeres. No mínimo, quando uma tempestade termina, sente-se o alívio.

Conduzes-te a ti próprio pela vida. E como piloto, é opção tua contornar as tempestades. Não pretendes encarar tempestades uma e outra vez. Não tens de voar no meio de uma tempestade.

Tens uma opção de paz. No presente momento estás certo de que tens que preencher uma ambição, de que tens inevitavelmente que a ter. Tens que conseguir o emprego. Tens que ter a rapariga dos teus sonhos. Tens que ter isto, tens que ter aquilo – senão? Acreditas que não conseguirias viver sem isso?

Se não tiveres a nota máxima num exame, se não ganhares o concurso de Soletrar, se não fores convidado para o baile, a tua vida termina? Não queiras tornar desejo em necessidades absolutas. Poderás sentir que arriscas tudo quando nada está em risco.

Existem sempre escolhas. Tens sempre outra hipótese. Se não entrares na universidade que pretendes, o que poderá ser assim tão mortal? Amados, a vossa morte não é morte. A vida nunca termina. A vida está sempre no vosso bolso. Quando o corpo fica na Terra e tu abandonas a Terra, sabes que sempre foste mais do que um corpo. Enquanto vives na Terra serás sempre muito mais do que as condições aparentes em teu redor. Não te leves tão a sério. Tu és tu, não importa as circunstâncias. Haverá sempre circunstâncias. Poderão não ser as circunstâncias que mais gostarias, no entanto, as circunstâncias não duram para sempre. Algo que gostas vem sempre ao virar da esquina.

O que quer que seja pelo que passes, tu continuas a seres tu. Não ficas diminuído. Poderás sim, ficar mais versátil.

Mesmo em dias nublados, o Sol existe. O sol não muda. Apenas aparenta ter mudado. A aparência não é mais do que aparência.

A vida muda enquanto estás na Terra. Isso é um facto. Se não fizeres comparações, não dependerias tanto na superfície dos factos mutantes da vida. A forma como te mascaras não és tu. Tu és tu.

Agora sê o Sol que brilha, independentemente de tudo.