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HEAVEN #2684 - DANÇA, QUERIDO, DANÇA

HEAVEN #2684 – DANÇA, QUERIDO, DANÇA

Embora Eu seja Aquele que põe as coisas em movimento, tu não ficas apenas sentado aí. Também te movimentas. Embora possas contar comigo, também tens que te levantar e contar contigo mesmo. Embora sejas observador na vida, não ficas apenas observando. Embora talvez tenhas que esperar na vida, não jogas o jogo da espera. Embora te sentes na platéia e observes o filme, também estás na tela, movimentando-te por lá, agindo, mexendo teus braços, fazendo descobertas.

Numa peça de teatro, estás no palco. Na vida, estás no palco.

Certamente estou contigo. Numa peça, com certeza existe alguém te dando deixas. No entanto, tu é que deves mover-te, agir, falar e conduzir o curso do teu papel na peça. E assim também acontece na vida. Só que na vida não existe um ensaio geral. Esta é uma peça nova. Não existe sequer um roteiro escrito.

O mundo é feito para o movimento, querido. No mundo, não ficas parado para sempre. Na vida, tu ages; jogas as cartas. Elas são dadas a ti, mas tu é que brincas com elas.

Quando queres ir a algum lugar, tens que entrar no teu carro, dar partida, engatar a marcha e dirigir. Precisas pisar no acelerador e manobrar. Será que a vida te pediria menos do que o teu carro te pede?

Não esperas que teu carro dê partida sozinho. Não esperas que teu carro faça manobras sozinho. Naturalmente tu o diriges. Será que farias menos pela vida do que fazes pelo teu carro?

Com certeza é o teu carro que se move e ronca, no entanto tu és o motorista do carro. E tu, o motorista, diriges o carro para onde ele deve levar-te. E assim também acontece com a vida.

Oh, como é tênue a linha que existe entre assumir o controle e soltar. Se apenas tivesses certeza qual é qual e o que é o que e quando!

Com certeza estás fazendo uma viagem na vida. E com certeza és o motorista. Não és o motor, mas diriges o carro. Sim, poderias colocar o carro em marcha e ele continuaria andando, só que o carro depende de ti para manobrar. Faz sentido que dirijas teu carro com tanto cuidado.

Não és impotente na vida. Eu sou o Motor Possante, mas tu és o motorista.

Nem sempre o motorista precisa saber aonde está indo. Não existe nenhum mapa para o motorista do carro da vida. No entanto, o motorista pode saber para onde quer ir e dar partida. Ele pode continuar seguindo. Ele pode dar umas voltas erradas, mas ainda assim está em movimento. Não está parado. Não está dirigindo de marcha ré. Não importa o tempo, não importa o tipo de terreno, o motorista anda com seu carro para frente. Ladeira acima, ladeira abaixo, o motorista mostra o caminho.

Quando danças, podes não escolher a música que a orquestra toca, mas ainda assim danças. Não reclamas que a música que está sendo tocada não é aquela que querias. Tu te levantas e danças assim mesmo. Pode ser até que nem saibas como dançar essa música, mas te levantas e arrastas os pés de qualquer jeito. Podes ficar sentado durante uma ou duas músicas, mas não ficas de fora eternamente. Nesta peça em que te encontras, não se espera que faças o papel da moça que toma chá de cadeira. Não, querido, tu estás destinado a ser uma rosa desabrochada.