Deus disse:
Antigamente,como pensastes que conhecíeis a Vida, a Vida não pôde avançar suficientemente depressa. Ansiosamente esperaram crescer, e tiveram a sensação de que a Vida era um Vasto Campo espalhado diante de vós, uma Mina Dourada para explorar, talvez um Mapa Cintilante que iria abrir-se diante de vós, ou um Mundo Dourado que manteve os braços abertos para abraçar, enquanto vós dançavas nele.
Houve um tempo em que a Vida estava bem diante de vós e sem fim à vossa frente. Pareceu ser para sempre. É possível dizer que tínheis um Sentido de Invencibilidade. Para onde foi isso? Onde está armazenada a Invencibilidade? Caiu à beira do mundo? Ou o mundo, realmente, sempre existiu convosco nele?
Agora, podeis arranjar mais anos para olhar para trás e uma tendência, talvez, para pensar acerca da Vida como se de repente, ela desaparecesse, como se todo o passado não demorou muito. De facto, foi um piscar de olhos. Para algures, foi o passado.
Podeis ter chegado a um vago sentido de uma não existência de tempo, como se o tempo e todos os vossos anos neles fossem um cometa que passou tão rápido, diante de vós, que podem perguntar se foi possível a Vida ter saltado por cima de vós, sem o vosso conhecimento.
Neste presente gotejar de tempo, quase chegam a acreditar que o tempo, como o conheceis, não existe, nunca existiu, apenas seja algo que vos enganou levando-vos a pensar que a Vida não era uma passagem ou mesmo uma ocorrência, como se a Vida se inventasse e nada tivesse a ver convosco, como se a vida fosse, na verdade, um sonho que tivestes, talvez aquela Vida, a vossa Vida, não fosse mais do que um intervalo, que a Vida fosse mais como um acumular de rápidos pensamentos inventados, onde convencestes vós próprios de um nada, a que chamaram pensamento. Toda a vossa história talvez não fosse mais do que um etc. e etc.um resmungar! Foi a vossa Vida expressada? Expressaram-na?Afinal, o que é realmente isto que é chamado Vida?
Neste momento da vossa Vida, podeis quase aceitar que o tempo e o espaço nunca existiram, não que o queiram aceitar. Vós quereis que a Vida na Terra, seja da Máxima Importância.
Agora, além disso, podeis mesmo começar a imaginar se já existiram, exceto em vossos pensamentos. Podeis perguntar-se até mesmo da validade desses pensamentos e quem os pensa e o que eles representam. De quem são os pensamentos que aparecem e desaparecem num flash? Imaginais o que estes assim chamados pensamentos tem a ver convosco, ou com coisa alguma.
Não podeis agarrar o tempo com as vossas mãos. O tempo voou pela janela. Posto isto em palavras, quase que podeis aceitar que o tempo, real e verdadeiramente, nunca existiu, que nada nunca aconteceu, no entanto, isto não quer dizer que saibam o que é o Infinito, ou até mesmo sentir um mínimo do Infinito, com vós nele.
Vocês não veem o Infinito disposto à vossa frente. O não espaço do Infinito e o não tempo da Eternidade são outra coisa, mesmo que se sintam familiarizados com eles. Qualquer que seja a configuração, esta escapa-se-vos. Mais tarde, podereis preocupar-vos que, no Infinito e na Eternidade, até mesmo o vazio que parece existir em vós, desaparecerá completamente. Hum, onde é que vós vos podeis encontrar, se realmente nunca existiram no plano temporal da Vida no Mundo, o qual pode ser chamado de Cosmos?,
Na sua opinião, pior ainda, mesmo o pior de tudo, como o vedes, é que não tendes a certeza se vos interessais muito em saber se o tempo tenha alguma vez existido de qualquer forma. Quando interiorizais isso, depois de tudo o que é dito e feito, nada disto pode interessar-vos muito. A Vida pode ser anticlimática, e, afinal de contas, realmente não há muito a ser dito acerca da Vida.
Será que toda vossa Vida se resume em muito barulho sobre nada?
Traduzido por Maria Luisa Tavares